O que é: Quando alguém fala algo com tanta autoconfiança, na voz e na postura, que tem a capacidade de fazer os ouvintes duvidarem das suas próprias certezas, não importa o quão absurdo o que o orador diz. Quem me apresentou a expressão foi o Marcel, meu cunhado.
Quando usar: Sempre que precisar contornar uma verdade inconveniente.
Exemplo de uso: Fui a uma pizzaria com o Cauê e meus cunhados Marcel e Camila e pedimos uma pizza de portuguesa. O garçom trouxe uma pizza com massa, molho de tomate e rodelas de calabresa. Gentilmente, eu disse “Moço, nós pedimos portuguesa”, ao que ele respondeu, como quem não entende a colocação: “Esta é de portuguesa”. Este garçom meteu o louco.
A gente olhava dele pra pizza, da pizza pro cunhado, pensando: talvez a gente não tenha visto direito o cardápio e a portuguesa daqui, ao contrário de todas as do mundo, não tenha presunto, queijo, ovo e azeitonas, mas, sim, massa, molho e calabresa.
Quando veio na conta uma pizza de calabresa, o garçom tinha sumido. Pela mesma lógica, se ele fosse confrontado por nós com aquele papelzinho provando a fraude, diria, com toda a convicção do mundo que nunca falou que aquela pizza era de portuguesa.
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