Cirurgia do joelho: fisioterapia e recuperação 8 meses depois da operação do menisco

Em dezembro de 2017, passei por uma cirurgia no joelho por causa de um rompimento no menisco. Já contei aqui no blog como foi a cirurgia artroscopia e o primeiro mês depois. Agora, volto para contar como está a recuperação 8 meses depois. Spoiler: estou ótima!

A cirurgia e o pós operatório

Contei todos os detalhes no post anterior, mas em resumo: fiz uma artroscopia (aquela que o médico faz só dois furinhos no joelho e é super rápida), com alta no mesmo dia. Foi uma coisa rápida, menos de 1 hora, e sem grandes problemas. Leia com mais detalhes aqui: Cirurgia do joelho: como foi a operação do menisco e o primeiro mês de recuperação. Não usei muletas e já consegui andar sozinha em alguns dias.

Recuperação e fisioterapia

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Eu comecei a minha fisioterapia um mês depois da cirurgia e continuo fazendo até hoje. Meu fisioterapeuta se chama André Tavares e atende na mesma clínica do meu cirurgião, a Clínica Astur que fica no bairro do Pacaembu, em São Paulo. Recomendo muito o trabalho dele! Infelizmente, não aceita convênio, mas dei um jeito de encaixar no orçamento e não me arrependo. Recuperação de lesão é coisa séria e não queria fazer com qualquer um.



A recomendação do cirurgião era que eu começasse menos de uma semana depois, porém eu operei em dezembro, perto do recesso de Natal e Ano Novo, e tive que esperar o fisioterapeuta voltar de férias. Se eu pudesse mudar alguma coisa, teria esperado para operar depois do recesso… Nesse período, o fisio me deu alguns exercícios pra fazer em casa e não ficar parada.

Ter demorado para começar a fisioterapia prejudicou um pouco minha recuperação. Quando cheguei para as primeiras sessões, já estava andando, porém com bastante dificuldade e os músculos da perna estavam fracos.

As primeiras sessões de fisioterapia foram com TENS (aquele aparelho de choque leve que faz o músculo contrair) combinado com os mesmos exercícios parecidos com os que fiz em casa: levantar a perna com um pouco de peso no tornozelo. A idéia era fortalecer as coxas e glúteos para aliviar o trabalho do joelho e deixar que se recuperasse melhor. Também fiz muito alongamento (continuo até hoje) para recuperar a amplitude de movimento (o tanto que dobra o joelho). Um dos movimentos consiste em deitar de bruços e o fisio pegar a perna e dobrar levanto o pé em direção à bunda. Doía pra burro no começo… mas ajudou muito!

O André também colocou alguns pontos de acupuntura na minha orelha no primeiro mês de fisio. Eu manjo é nada de acupuntura, mas toda ajuda é bem-vinda, né?

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Aos poucos, passamos para as máquinas de musculação e comecei a fazer exercícios no leg press, cadeira adutora e abdutora e até algumas caminhadas rápidas na esteira. De uns 4 meses para cá, começamos com um pouco de agachamento. Não o tradicional, mas métodos com menos carga nos joelhos, como stiff e agachamento com as costas apoiadas na bola de pilates na parede.

Com o passar do tempo, fomos aumentando a carga dos aparelhos e minhas coxas e até minha bunda ficaram bem mais fortes. Isso foi um plus: meu corpo mudou pra melhor com a fisio!

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Nos primeiros meses, fiz fisioterapia 3 vezes por semana. Com o tempo, fomos diminuindo e agora vou uma vez só na semana.

Dor e melhora

No começo, meu joelho doía sempre, era bem inconveniente. Chegou um ponto em que me questionei se tinha valido a pena operar, já que continuava doendo, talvez até um pouco mais. Isso porque a musculação na fisioterapia foi puxada, e a região do joelho estava sob estresse esse tempo todo (graças a deus, sendo acompanhada de perto por um especialista, que sabia dizer até quanto de dor tava dentro do esperado e quanto era pra se preocupar).

Mas, à medida que o tempo passou, eu firme e forte com a fisioterapia (tenho muita fé em fisioterapia, foco na recuperação!), percebi a melhora chegando e fiquei mais feliz. A dor parou de ser o tempo todo e só acontecia quando eu descia escadas ou tentava agachar.

Passei por uma fase engraçada e que dava um pouco de aflição em que meu joelho estalava quando eu fazia algum movimento com torção (tipo alguém te chamar e você girar, sabe?). Eu esquecia do joelho, porque não tinha mais dor, e ele CREK. Mas era só aflição, não dor. O fisio me disse que, provavelmente, eram as partes do meu joelho se “reencaixando” depois que tudo desinchou e tal.

Pois bem, cheguei agora ao oitavo mês da recuperação e meu joelho não dói mais no dia a dia. Vitória!

Limitações e sequelas

No momento, recuperei quase todos os movimentos normais do joelho. Consigo caminhar normalmente e até agachar devagar, só pra testar mesmo (ou, tipo, procurar um troço que caiu no chão), sentar no chão com os joelhos dobrados e ajoelhar (tem alguns exercícios da fisio que são sobre quatro apoios, com joelhos no colchonete, com as mãos ou a barriga apoiados na bola de pilates ou não).

Não consigo fazer agachamento desses de academia, isso ainda dói. Diz o fisio que eu provavelmente chego lá…

Me perguntaram aqui no blog sobre dirigir. Eu não dirijo desde antes da cirurgia porque abandonei o carro (detesto trânsito, moro perto de metrô e trabalho de casa), então não sei opinar…

Esses dias, usei salto alto para uma festa. Apesar da dor normal de usar salto, não tive mais problemas, apesar de ter ficado beeem atenta morrendo de medo de torcer ou cair.

Volta aos esportes

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Os esportes para os quais fui liberada são os que não tem impacto no joelho.

Além da musculação nas pernas e core nas sessões de fisio, eu tenho feito natação duas vezes por semana também. Natação tem sido maravilhoso… Me enche de endorfina, trabalha os braços e costas (que eu deixei mega de lado nesse ano de foco no andar de baixo) e não tem impacto nenhum no joelho. Amo!
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Corrida está fora de cogitação por enquanto, já que tem bastante impacto. Além de ser um risco pro joelho operado, tem que lembrar que eu tinha menisco discóide no joelho operado (o que facilita lesão no menisco), o que significa que o outro joelho muito provavelmente também tem meniscos discóides e que a mesma coisa pode acontecer com o outro joelho e eu posso acabar passando por tudo isso de novo… Deus me livre!

Mas o fisio liberou o transport, um aparelho de academia em que você faz movimentos muito parecidos com os de corrida, mas não há impacto no joelho, por conta do movimento elíptico dos “pedais”.

Yoga é outra prática que amo, mas que ainda não fui liberada para fazer. O fisio diz que as torções ainda são perigosas pra mim. Prefiro esperar ele liberar…

Próximos passos

Bom, sigo na fisioterapia e pretendo continuar até eu conseguir fazer agachamento sem sentir dor. Estamos diminuindo a frequência das sessões, mas acho importante ter esse acompanhamento agora que voltei a praticar esportes. Além de querer resolver esse joelho, morro de medo de fazer algo errado e me lesionar de novo, então me sinto mais segura com esse olhar do fisio me avaliando e auxiliando.
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O próximo passo é marcar uma nova consulta no ortopedista para ver se recebo a alta definitiva. Era para ser depois de seis meses da cirurgia, mas quero estar o mais perto possível dos 100% antes disso. Se bem que o fisio sempre me diz: existe joelho bom, joelho ruim e joelho operado. Hahaha…

É isso, queridos! Vou contando de tempos em tempos como ando… Quem quiser trocar idéias sobre essa experiência, deixe um comentário aqui no post! Um beijo!