Faz muito tempo que não vejo a Fabiana, desde quando éramos estagiárias. Uma querida, gente boníssima. Hoje encontrei este texto em que ela abre o coração sobre porque seu filho, o João, foi morar na casa do pai, e tive vontade de ir lá dar um abraço apertado.
Ela e o ex-marido tomaram a decisão de maneira bem sóbria e prática, considerando situação financeira e familiar, entre outras coisas explicadinhas na matéria. Sentaram, conversaram e concluíram que seria melhor para o filho morar com o pai.
A Fabi continua participando da vida do filho – ela não sumiu, não o abandonou, não largou o menino. A guarda continua compartilhada, mas agora ela mora em uma casa e o filho em outra. Exatamente como o pai da criança viveu nos últimos anos – ele em uma casa, o João em outra – e, curiosamente, ninguém o chamou de desnaturado ou egoísta, como estão falando dela nos comentários da notícia.
Quis ir lá dar um abraço pra dizer o quanto a Fabi foi corajosa. Não na sua decisão de deixar o filhote ir morar com o pai – mas na de se expor e contar sua história assim, de maneira tão aberta. De ter a coragem de enfrentar o turbilhão de críticas de desconhecidos tendo em mente que seu depoimento certamente ajudará outras mulheres que passam por dilemas familiares parecidos. Que sofrem com o peso do preconceito de uma sociedade que coloca toda a responsabilidade de criar os filhos nas costas das mães e mil louros na cabeça de qualquer pai minimamente presente. Espero que, assim como a Fabi, elas e os pais de seus filhos encontrem o melhor arranjo familiar possível para suas crianças.
Ao João, ao pai, à Fabi e à madrasta, desejo tudo de bom nessa nova fase.
Quem quiser conhecer mais desta história, corre lá no blog dela: Depois Que Eu Descobri.
E essa foto linda é do Filipe Redondo/ÉPOCA.