Onde você se vê daqui a cinco anos?
A gente ouve esse tipo de pergunta em entrevistas de emprego, mas raramente pensa nisso em outro contexto. Eu não tenho a puta idéia de onde vou estar em cinco anos. Aliás, se eu olhar para trás, tenho certeza que a Cíntia daquela época tinha menos noção ainda do que iria se passar nos anos seguintes. Coisas boas e ruins além do que poderia imaginar…
Há cinco anos, começou uma contagem regressiva na vida de outra mulher. Suki saia da sua última sessão de quimioterapia. Para ser declarada oficialmente curada, ela teria que esperar até o dia de hoje, 20 de maio de 2015, com exames limpos e qualidade de vida.
Em 2010, eu não tinha idéia de que conheceria uma das minhas melhores amigas, uma pessoa tão doce, tonta, engraçada e querida. Não sabia que uma colega de trabalho iria se tornar tão importante na minha vida. Que a gente iria rir juntas virando madrugadas na agência, chorar juntas a perda de parentes e o fim do meu casamento. Que eu ia esquecer a carteira no bar depois de uma bebedeira e acordar com mil fotos dela, com todo mundo no bar fazendo pose, fotografados pela Suki. Não sabia que ia passar a véspera do natal tentando voltar de uma reunião no Rio de Janeiro, com o aeroporto de São Paulo fechado, as duas tagarelando e fazendo planos pra uma possível ceia baixo-astral de nós duas. Que ela iria me ligar do Skype tantas vezes quando eu morava fora e estava muito solitária e que, um tempo depois, eu voltaria a trabalhar com ela. Que nossos vôos iam começar a ir mais longe e levar a gente pra uma aventura em Las Vegas…
O que a Suki já sonhava naquela época é que o dia de hoje iria chegar e ela ia poder comemorar. E chegou mesmo, amiga. Você sobreviveu. E tem vivido uma vida linda de lá pra cá. E a gente sabe que é só o começo… Muita coisa boa ainda está por vir. Que sorte a minha que você está aqui…
Te amo, amiga!!
b <3 <3 <3 <3