Arrumei minha estante e percebi que tenho muitos livros legais. Resolvi fazer uma listinha dos últimos que li e um resumo para servir de inspiração para quem está procurando um título interessante para ler este ano.
O Extraordinário (R. J. Palacio)
Ser diferente é foda. Que o diga Auggie, um garoto que tem uma deformidade facial que parece ser a única coisa que as pessoas enxergam nele. O livro conta como foi seu primeiro ano na escola, depois de alguns anos estudando em casa com os pais sem contato com outras crianças. Quanto mais conhecemos Auggie, mais ele fica parecido com todos os outros. E aí cai a ficha do quanto podemos ser cruéis com os outros só porque achamos que são muito diferentes da gente.
A Menina que Roubava Livros (Markus Zusak)
Esse é daqueles que a gente lê pra chorar. Narrado pela dona Morte, o livro se passa na Alemanha nazista em plena guerra, e conta a vida de uma menina de vida sofrida, temperamento difícil e que gostava de ler.
Budapeste (Chico Buarque)
Tinha visto o filme e fiquei curiosa para ler o livro, que conta a história de um ghost writer que, entre tretas de relacionamento e decepções com a vida, se apaixona por Budapeste, na Hungria, e resolve aprender a língua local na raça e tentar a vida por lá. Chico Buarque escreve bem bonito, mas seus personagens me agoniam. Tudo gente complexa, cheia de sentimentos difíceis e incômodos. Acho que seus livros me atraem por me lembrar que ninguém é preto no branco, ninguém é simples, somos todos uma grande confusão por dentro.
Desamor (O Arrumadinho)
Comprei este livro na minha passagem por Lisboa, no meu mochilão pela Europa. Ele reúne várias histórias de fim de relacionamentos coletadas pelo autor do blog português O Arrumadinho. Foi um livro difícil de ler: estava passando por um divórcio e achei os contos super pertinentes e duros. São relatos de corações partidos, e tem uma beleza estranha nisso.
A Culpa é das Estrelas (John Green)
Coisinha mais linda, esse livro. Fala sobre a relação entre uma menina com câncer e uns caras (também com câncer) que ela conhece no grupo de apoio que frequenta. Tem romance, tem drama familiar, tem momentos fantásticos desses que fazem a gente querer comprar uma passagem e fazer uma viagem dos sonhos a-go-ra. O estilo do autor é super fluido, pegada infanto-juvenil (que adoro).
A Revolução dos Bichos (George Orwell)
O mestre Orwell desenvolve uma metáfora bem interessante para falar de política: era uma vez uma fazenda em que os animais, cansados de serem explorados, chutaram os humanos pra fora e resolveram cuidar de si mesmos. Mas esse rolê comunitário começa a azedar um pouco quando alguns bichos começam a pregar que “todos são iguais, mas alguns são mais iguais que outros”. Interessante para refletir sobre utopia, opressão e tudo mais.
Assassinato no Expresso do Oriente (Agatha Christie)
Neste clássico, acontece um assassinato a bordo de um trem que está preso em uma tempestade de neve (estilo “ninguém entra, ninguém sai”) e cabe ao detetive Hercule Poirot (personagem famoso da escritora) decifrar o mistério. Lia bastante Agatha Christie quando era mais nova e lembrava que seus livros eram bastante envolventes, daqueles que deixam a gente pensando, tentando advinhar quem é o assanino enquanto estamos no banho. Não me empolguei tanto dessa vez, mas achei interessante e um ótimo livro “passa-tempo”.
O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry)
Quando estava de partida da Suíça, ganhei de presente de uma amiga O Pequeno Príncipe, para treinar meu francês e me lembrar dela, uma pessoa que cativei. A leitura é bem infantil (fiquei com vontade de esperar minha sobrinha crescer pra ler pra ela), mas faz a gente parar pra pensar em coisas filosóficas, como amizade, felicidade, pressa, vida e morte.
Espero que gostem das minhas recomendações de livros. Para ver o que estou lendo, segue a hashtag #livrosdacintia no Instagram!