Boa notícia para o pessoal que se declara “pró-vida“: o número de mortes causadas pelo aborto caiu no nosso vizinho Uruguai após a legalização do procedimento!
As mortes que foram evitadas, no caso, foram as das mulheres, que antes da legalização do aborto, morriam em consequência de procedimentos clandestinos feitos sem segurança.
Estas são as únicas mortes que o Estado consegue, de fato, evitar quando o assunto é aborto.
Afinal, mesmo quando o Estado usa a lei para proibir e punir o aborto, não consegue poupar a “morte” dos “bebês” já que, comprovadamente, as mulheres sempre dão um jeito de exercer soberania sobre seu próprio corpo e interromper gravidezes que não desejam (mesmo que isso as coloque em perigo de vida).
Então, antes de jogar pedra em em quem defende a legalização do aborto, querido “pró-vida”, pense nisso: direito ao aborto seguro preserva vidas e evita mortes.
É por isso que você luta, certo? Pela preservação da vida e contra mortes desnecesárias? Ou por acaso você só é a favor da vida no nome?
(Ah, vale registrar também que a legalização do aborto no Uruguai não aconteceu sozinha. Como acontece em todos os países em que a prática é legalizada, ela fez parte de toda uma política de educação sexual focada em diminuir também a prática do aborto ao dar mais acesso a métodos anticoncepcionais e educando a população em relação a planejamento familiar.).
Foto: Beatrice Murch, no Flickr.
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