Quem acompanha o blog já me ouviu falando sobre meus problemas com minha vizinha (parte 1 e parte 2). E não é que no sábado, ela resolveu atacar de novo?
Imaginem a cena: era uma da manhã e estávamos eu e o Cauê na cama, lendo nossos respectivos livros de cabeceira. Eu já tava naquele ponto em que lia três vezes a mesma frase sem entender de tanto sono quando tocou a campainha.
A gente se olhou assustado – quem seria, a uma hora daquelas? Não estávamos esperando ninguém e o interfone não tinha tocado, anunciando uma possível visita.
Foi o Cauê quem atendeu à porta (de pijama). Era um senhor que nunca vimos na vida (também de pijama) dizendo que estava no apartamento de baixo com a tal vizinha e que eles não conseguiam dormir porque estavam ouvindo um “tum-tum-tum”, barulho de portas batendo e essas coisas.
Não adiantou explicar que ele tirou nós dois da cama, onde estávamos lendo em paz (e completo silêncio) há bastante tempo, nem dizer que o barulho deveria estar vindo de outro apê (talvez do que fica acima do nosso, já que a gente também ouviu alguma coisa aparentemente vinda de lá). O cara continuou a reclamar e pedir pra gente parar de fazer barulho.
Parece que ele e a vizinha compartilham a tendência de achar que a gente mente para eles.
Depois de nos desvencilharmos do zé mané, liguei para a portaria e fiz uma reclamação. O porteiro ficou chocado, disse que o cara nem morador do prédio era e ficou de avisar o zelador e o síndico. Acho que essa semana vou fazer uma reclamação formal, escrita.
Sem condições de ser tirada da cama por desconhecidos e de tomar sustos de madrugada porque a senhora lá de baixo é paranóica, néam?