Aí que o Governo Federal fez um cartaz em comemoração ao Dia Internacional da Prostituta para as redes sociais com uma foto de uma mulher sorrindo, com cara de orgulhosa, e a frase “Sou feliz sendo prostituta“. Advinha, né? Bafafá, gente ofendida, ministro da Saúde mandando apagar a foto, toda uma polêmica.
Acho engraçada essa demonização da prostituta como a destruidora de famílias, o pivô da separação, a causadora da traição, e não dele, o homem que procura os serviços das prostitutas.
Porque se existe mulher cobrando por sexo é porque existe homem pagando. Simples assim.
Não que haja qualquer coisa de errado entre dois adultos fazendo sexo de comum acordo. Mas, pelo que nos contam as profissionais do sexo, grande parte são homens casados, “pais de família”. Estes, sim, traidores e destruidores de lares, enganando suas esposas e namoradas, quebrando o compromisso que eles assumiram por vontade própria de serem fiéis a elas.
Mas não. O povo marginaliza a prostituta, essa sem vergonha, vagabunda, rameira. Querem mais é que elas morram todas de doenças venéreas e sumam da face da terra (apenas em teoria, né. Porque, de noite, os clientes querem ter a quem recorrer por sexo pago). Quando elas aparecem numa foto com a mão no peito e falam (e repetem) que sim, são felizes com sua profissão e, sim, gostam do que fazem, é uma afronta à sociedade… um crime!
Fui fuçar a história do cartaz. O cartaz faz parte de uma campanha de saúde pública que tem como objetivo diminuir o estigma da prostituição associada à infecção pelo HIV e Aids.
A mulher da foto é uma das participantes do grupo Maria Semvergonha, um dos muitos movimentos que lutam pelos direitos das prostitutas e contra a violência, além de realizarem palestras e workshops de conscientização em relação a prevenção de doenças venéreas e cuidados da saúde de maneira relevante para mulheres que trabalham com o corpo.
Quanto mais as prostitutas se cuidarem para evitar doenças, melhor pra todo mundo. Inclusive pra você aí, mocinha de família que me lê, que pode estar morando com um destruidor de lares sem nem saber…
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sabe o que eu acho? que você é demais, dona Cintia!
Let, <3 eterno!
Concordo "plenicamente" com a Lets! =)
Nossa, genial esse texto! Descobri o blog agora e to adorando... parabéns!
Mas não são só as prostitutas. Eu já fui um, e os rapazes tem que aguentar o estigma de "destruidor de lares" também, o de "gay", e quando é procurado por mulheres, ainda tem que fugir do marido "corno".
Não é fácil! E pior que saí daquela vida, e estou agora em outra profissão marginalizada: professor!
André Luis
Curitiba