Meninas, este tópico é meio chato, meio incômodo e não bem o tipo de coisa que as pessoas conversam em blogs de dicas para recém-casadas. Acontece que violência doméstica, infelizmente, é muito mais comum do que a gente gostaria de pensar e é justamente nesse momento de começar um novo lar que muitas vezes ela aparece.
Gostaria de compartilhar com vocês este vídeo, em que uma moça conta sua história. Ela ela jovem, recém-casada, realizada profissionalmente e completamente apaixonada pelo marido, quando o que eram pra ser discussões normais de casais (tipo errar o caminho quando tava dirigindo) começou a passar do limite. Ela achava que seu marido era um cara muito sofrido e que ela era a única do mundo que o amava, o compreendia e poderia ajudá-lo a lidar com seus traumas de infância. Quando ele bateu nela pela primeira vez, ela achava que tinha sido uma exceção, um caso isolado, que ele tinha ficado nervoso e que nunca mais ia acontecer.
Ela não tinha percebido que era uma vítima da violência doméstica.
Estatisticamente falando, pelo número de gente que lê este blog, infelizmente eu posso ter certeza de que algumas de vocês passam por isso. Nenhum homem anda por aí com uma placa no pescoço dizendo “agressor de mulheres” e não é de cara que esses caras se mostram abusivos, mas só depois de conquistar o seu amor e a sua confiança…
Meninas, do fundo do meu coração gostaria de lhes dizer: quebrem o ciclo do abuso, da violência doméstica.
Agressões, tapas, socos, chacoalhões, beliscões, isso tudo é violéncia doméstica, mas não é só isso. Humilhação, sexo forçado, privação de dinheiro, isolamento da sua família ou das amigas, tortura psicológica e intimidação também são formas de abuso. Isso não é normal, não é “coisa de homem”, não é aceitável e você não merece isso, não importa o que você tenha feito, que roupa tenha usado, com quem tenha falado.
Como diz a moça do vídeo, abuso doméstico é o tipo de coisa que só sobrevive no silêncio. Então contem para alguém. Pras suas amigas, para sua mãe, para seus colegas de trabalho, para esta blogueira enxerida, para a polícia (aqui tem uma lista de telefones de Delegacias da Mulher em todo o Brasil). Peçam ajuda.
Vocês tem direito a uma vida sem violência…