Quando falo de relacionamento aqui no blog, é sempre coisa boa, né? Gosto de falar sobre formas de declarar seu amor, de programas gostosos pra fazer a dois, de como é bom morar com quem se ama. Começo de casamento é tão cheio de amor, né?
Mas hoje vai ser diferente. Dia 25 de novembro, é o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, e gostaria de usar este espaço para fazer um apelo para as mulheres que freqüentam o blog.
Não existe justificativa para violência contra a mulher. Não importa a roupa que você está usando, com quem andou saindo, se não faz as vontades do marido, se traiu. Seu marido ou companheiro não tem direito de te agredir em nenhuma situação.
Agredir não é só bater, dar tapa, beliscão. Sexo forçado, pela Lei Maria da Penha, também é agressão, sabia? Se você está sendo abusada verbalmente, tem sua autoestima abalada e tem sido privada dos seus bens ou impedida de trabalhar, isso tudo é agressão prevista na lei.
Se você sofre agressão do seu namorado, marido, companheiro, amante ou o que seja, denuncie. Você tem direito de viver sem violência.
Não deve ser fácil ser agredida pelo homem que você ama, que nunca tinha feito isso antes. Deve rolar um sentimento de tristeza – meu casamento vai acabar assim, por um dia em que ele perdeu a cabeça?”. Ainda mais se o homem fizer um discurso arrependido dizendo que nunca mais vai acontecer. Acredito que a reação natural é sentir vergonha da agressão, querer esconder dos outros e tentar preservar o casamento.
Mas não se enganem. Maria da Penha, a mulher que dá nome à lei, perdoou as agressões de seu marido três vezes e continuou a viver com ele, mesmo depois de ele ter dado um tiro nas suas costas, enquanto ela dormia, e a ter deixado paraplégica. Segundo essa entrevista super bacana que deu pra Júlia Reis, minha madrinha de casamento e repórter do iG, ela só saiu de casa depois que ele tentou eletrocutá-la no banho.
Você pode denunciar o agressor em qualquer delegacia, mas se preferir, aqui tem uma lista com os telefones de diversas Delegacias da Mulher. Se precisar de orientação, o telefone da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres é 180. Você também pode encontrar apoio no portal Quebre o Ciclo, do Instituto Avon, em que outras mulheres contam suas histórias e dão suporte umas às outras.
Ah, este post faz parte da Blogagem Coletiva Pelo Fim da Violência Contra a Mulher.