Dia desses, fui lavar roupa e quem tomou uma lavada fui eu.
Pra começar, já vou avisando: minha máquina não é realmente minha – o apê que alugamos já veio com ela. Ela é idosa, mas é limpinha e sempre trabalhou bem, apesar de exigir toda uma gambiarra para ligar.
Enfim. Esses dias, eu não conseguia fazê-la ligar de jeito nenhum – girava o botãozinho e nada, girava e nada. Até que me ocorreu a brilhante idéia de apertar o botão (que geralente já fica apertado, mas, nesse dia, só Deus sabe porque, não estava). Deu certo.
Só que, depois de tanta giração, parece que o botão não estava no lugar certo (ele não tem marcador :() e a máquina começou o ciclo no meio. Eu não sabia como voltar e deixei rodar. Quando parou e esvaziou, coloquei um pouco de mais de sabão e pus a máquina pra recomeçar.
Quando finalmente ela parou de bater e centrifugar, a maldita recomeçou a encher. Eu, que já estava nervosa e atrasada, corri pra desligar, torci as roupas que tinham molhado e pendurei tudo. Isso tudo de manhã, antes de ir para o trabalho (antes que algum defensor da minha vizinha aponte o dedo, gostaria de esclarescer que eu saio para trabalhar às 9 da manhã!).
De noite, quando cheguei, percebi que todas as roupas estavam com pedacinhos de sabão que não desmanchou totalmente, e a maioria ainda estava bem molhada. Que raiva!
Tive que esperar secar e, no dia seguinte, lavar tudo de novo.
Ah, e é claro que isso tudo aconteceu bem quando o Cauê tava viajando, né, e eu tinha que esperá-lo voltar para assumir minha burrada e pedir para ele consertar a máquina que, claro, não estava quebrada, só meio desregulada.
Enfim, ele arrumou tudo e no fim, deu tudo mais ou menos certo. Tirando uma blusa de lã que ficou toda cheia de bolinhas depois de ser lavada três vezes em dois dias.
Eu sei que um dia vou rir de tudo isso. Mas, no momento, tá difícil…
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