Nosso desentendimento com a vizinha de baixo chegou num tal ponto de incômodo para as três partes (ela, nós e a administração do condomínio) que rolou uma reunião formal para resolver o problema.
Quem não conhece a história, está tudo aqui. Basicamente, a vizinha reclama de barulho em horas de total inatividade aqui em casa.
Pois certo dia o Cauê a chamou para conversar, na presença do síndico, mas ela não quis. Esses dias, parece que ela resolveu jogar a toalha e ligou marcando a reunião.
Eu não pude participar mas, pelo que o Cauê contou, foi muito produtiva. Ela explicou que tem dias que nem ela nem o filho conseguem dormir por conta do barulho vindo de cima; ele explicou que na maioria das vezes não somos nós fazendo barulho e que quando somos, paramos na hora em que ela pede.
Terminaram a conversa com um acordo civilizado. Quando dona chata se incomodar com algum barulho, vai nos ligar e descrever. Se formos nós, vamos descobrir o que a incomoda e evitar. Se não formos, ela terá que acreditar e nos deixar em paz.
Essa trégua já nos rendeu uma ligação às 7h da manhã no sábado de Carnaval, quando ela acordou com barulhos vindos do apartamento de cima do nosso (ou seja, dois andares acima dela!), mas tudo bem. Pelo menos, agora a relação parece amistosa.
Vamos ver no que vai dar. Será que até o Natal a gente faz amizade e em vez de nos evitarmos no elevador vamos trocar biscoitos? Torçamos.